Não dá para falar mal de Charles Aznavour. Afinal, alguém que já compôs cerca de 1.000 canções, vendeu mais de 100 milhões de discos e foi escolhido pela CNN como entertainer do século (desbancando nomes como Elvis Presley e Bob Dylan) com certeza assegurou seu lugar na história da música. Só que, conforme a idade vai chegando, é difícil fugir daquela vontade de continuar fazendo o que sempre deu certo. E é nesse clima de segurança que chega Charles Aznavour And The Clayton-Hamilton Jazz Orchestra.
Trabalhando com a orquestra criada por John Clayton, Jeff Hamilton e Jeff Clayton em 1985, Aznavour traz um álbum que mais parece uma mistura de Tony Bennett com Diana Krall. E se você perguntar "e o que tem de mal nisso?", vou responder "absolutamente nada". Bem na verdade, o CD é muito gostoso de ouvir. É mais um dos bons exemplares de um grande vocalista à frente de uma grande Big Band. E grande talvez não seja o bastante quando falamos da Clayton-Hamilton Orchestra.
Já conhecemos bem John Clayton e Jeff Hamilton, que vêm trabalhando com Diana Krall desde 1993. Nesse álbum, no entanto, a orquestra parece gozar de mais independência, talvez por Aznavour, ao contrário de Diana, não ser a atração do disco como instrumentista e improvisador. Clayton não só produz o CD como assina todos os arranjos e rege sua orquestra nos trazendo grandes momentos, seja embalando a voz de Aznavour, seja dando destaque a seus ótimos solistas.
E, por falar em solistas, os destaques do álbum são as faixas com a participação de Rachelle Ferrell (Fier de Nous e I've Discovered that I Love You) e de Dianne Reeves (The Times We've Known). Intimistas e sutis, os arranjos mostram mais um casal cantando confortavelmente do que uma dupla de intérpretes tentando mostrar seus dotes artísticos e dominar a orquestra.
Charles Aznavour And The Clayton-Hamilton Jazz Orchestra pode não inovar, mas nos dá mais de algo a que estamos acostumados e de que não nos cansaremos tão facilmente.
Trabalhando com a orquestra criada por John Clayton, Jeff Hamilton e Jeff Clayton em 1985, Aznavour traz um álbum que mais parece uma mistura de Tony Bennett com Diana Krall. E se você perguntar "e o que tem de mal nisso?", vou responder "absolutamente nada". Bem na verdade, o CD é muito gostoso de ouvir. É mais um dos bons exemplares de um grande vocalista à frente de uma grande Big Band. E grande talvez não seja o bastante quando falamos da Clayton-Hamilton Orchestra.
Já conhecemos bem John Clayton e Jeff Hamilton, que vêm trabalhando com Diana Krall desde 1993. Nesse álbum, no entanto, a orquestra parece gozar de mais independência, talvez por Aznavour, ao contrário de Diana, não ser a atração do disco como instrumentista e improvisador. Clayton não só produz o CD como assina todos os arranjos e rege sua orquestra nos trazendo grandes momentos, seja embalando a voz de Aznavour, seja dando destaque a seus ótimos solistas.
E, por falar em solistas, os destaques do álbum são as faixas com a participação de Rachelle Ferrell (Fier de Nous e I've Discovered that I Love You) e de Dianne Reeves (The Times We've Known). Intimistas e sutis, os arranjos mostram mais um casal cantando confortavelmente do que uma dupla de intérpretes tentando mostrar seus dotes artísticos e dominar a orquestra.
Charles Aznavour And The Clayton-Hamilton Jazz Orchestra pode não inovar, mas nos dá mais de algo a que estamos acostumados e de que não nos cansaremos tão facilmente.
Álbum: Charles Aznavour And The Clayton-Hamilton Jazz Orchestra
Artista: Charles Aznavour
Melhor preço: Saraiva
Quantos temakis vale: de dois a três
Quando ouvir: enquanto se prepara para começar o dia, enquanto cozinha ou enquanto arruma a casa esperando visitas.
3 comentários:
Tenho um pouco de dó+respeito com velhinhos, não consigo criticá-los. Nunca escutei o supracitado, mas ele tem cara de quem faz torta de banana para os netos.
Fê, queria tanto comentar no seu blog, mas não entendo nada de música (nem as que você ouve, nem as que estão na moda. Até o blog da Ali é difícil pra mim auheuheuhe).
Gostei da mudança do perfil do seu blog, Fe. Achei muito bom o texto, embora eu, assim como a Ana Luiza, não entenda nada de música clássica. Vejo um grande crítico musical aí!
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