8 de janeiro de 2010

Não é só o Papa que é pop

Um artigo curioso saiu no Estadão de 01/01. Escrito por Daniel Wakin, do The New York Times, fala da relação de Alec Baldwin com a música erudita e conta que, em 2010, o ator vai apresentar um programa na WFMT Radio Network, comentando os concertos semanais da Filarmônica de Nova York. Logo no primeiro parágrafo, Wakin lembra a importância de associar a imagem de um astro pop à de uma orquestra, retomando no primeiro dia do ano um assunto que vem assombrando os musicólogos, a popularização da música erudita.

Em uma época em que as gravadoras estão lutando para sobreviver ao download de música digital, é difícil acreditar que o crescente público que busca os torrents compareça a salas de concerto, com exceção dos aficionados por música. Essa fixação, no entanto, dificilmente surge do nada. Assim como todos tivemos amigos ou irmãos mais velhos que nos apresentaram aos Beatles e ao Metallica e nos explicaram a genialidade de Steve Vai e Eddie Van Halen, não dá para entender sozinho a beleza dos detalhes das peças de Schumann ou a grandiosidade de Mahler.

O problema é que, com o passar das gerações, o estudo da música foi deixando de ser uma prioridade em casa. E, se as crianças não começam a estudar piano porque a mãe ou a avó tocavam, a educação musical fica para as escolas, que em sua maioria não trazem mais a música no currículo. Com a criação de mais orquestras e a inserção da música na educação básica, é possível reverter o envelhecimento do público e, como foi feito na Venezuela com a Orquestra Simón Bolívar, trazer vida nova às salas de concerto.

Um comentário:

Lidia disse...

[conversadomsn]Seus posts são muito bons de ler.. rápidos e ágeis apesar de não serem muito curtos [/conversadomsn]... E pode crer, a gente nao aprende com qlq um a entender/criticar música erudita... e pode crer² que os musicólogos ficam putos com a popularização da música erudica... quase fui esquartejada qnd perguntei sobre isso a um deles