A noite de sexta-feira (12) não começou muito bem para a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo: a execução da Fanfare de Paul Dukas, apesar do bom desempenho dos metais, foi insossa e não empolgou o público, aparentemente formado em sua maioria por neófitos (é interessante notar a diferença entre o comportamento dos iniciantes e dos já habituados às salas de concerto).
Parte do ballet La Péri, composto por Dukas em 1911, a Fanfare poderia ter sido uma abertura divertida para a noite, mas foi tratada sem o devido brilho que a ausência das cordas em uma composição exige dos demais instrumentos.
O que era para ser o destaque da noite, a execução do Don Quixote de Richard Strauss com o violoncelista Guy Johnston, não decepcionou; mas, para um solista que tocou o Concerto para Violoncelo de Elgar no BBC Proms, maior festival de música erudita do Reino Unido, o desempenho de Johnston ficou aquém do esperado (merece destaque especial, no entanto, a viola de Giovanni Pasini, solista da OSESP, que travou belíssimos diálogos com o cello de Johnston, especialmente na primeira e terceira variações).
O melhor da noite ficou, quem diria, para depois do intervalo: uma encantadora interpretação dos Nocturnes de Debussy, repleta de lirismo e ainda com o desempenho impecável do coro feminino da OSESP, e uma Dança dos Sete Véus (também de Strauss) vibrante, retratando com precisão a perturbadora dança que Salomé executa para Herodes, deixaram o público em transe, encerrando muito bem as participações de Tortelier à frente da orquestra nestes primeiros meses de 2010.
Parte do ballet La Péri, composto por Dukas em 1911, a Fanfare poderia ter sido uma abertura divertida para a noite, mas foi tratada sem o devido brilho que a ausência das cordas em uma composição exige dos demais instrumentos.
O que era para ser o destaque da noite, a execução do Don Quixote de Richard Strauss com o violoncelista Guy Johnston, não decepcionou; mas, para um solista que tocou o Concerto para Violoncelo de Elgar no BBC Proms, maior festival de música erudita do Reino Unido, o desempenho de Johnston ficou aquém do esperado (merece destaque especial, no entanto, a viola de Giovanni Pasini, solista da OSESP, que travou belíssimos diálogos com o cello de Johnston, especialmente na primeira e terceira variações).
O melhor da noite ficou, quem diria, para depois do intervalo: uma encantadora interpretação dos Nocturnes de Debussy, repleta de lirismo e ainda com o desempenho impecável do coro feminino da OSESP, e uma Dança dos Sete Véus (também de Strauss) vibrante, retratando com precisão a perturbadora dança que Salomé executa para Herodes, deixaram o público em transe, encerrando muito bem as participações de Tortelier à frente da orquestra nestes primeiros meses de 2010.
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